quinta-feira, 24 de março de 2016

MY NAME IS...

OTHELO
Agora que já sei escrever e porque tenho muito para contar nestes quatro meses de idade que já cá cantam, tomei esta decisão extrema: blogar para além de ladrar quando me deixarem.
 
A minha dona diz que tem mais que fazer do que aturar-me estes devaneios, como por exemplo preparar-me a caminha todas as noites, limpar os meus xixis e etc, comida e compras próprias para o meu palato fino, enfim, coisas que começaram a surgir na vida dela quando eu cheguei.
E como cheguei! Tudo não posso contar, só uma parte que é daquela que me lembro melhor. Estava eu muito quentinho junto da minha família canina quando numa segunda feira pela manhã bem cedo me levam do ninho materno para um quintal desconhecido. Foi mesmo assim! Ainda meio a dormir e por cima do muro, tomem, lá vai mais um da ninhada. Aos outros meus manos deve ter acontecido o mesmo. Vai daí vejo umas plantas enormes, umas coisas que nem sei o que seriam, uns contentores que hoje sei que são de reciclagem. Dentro do tal jardim onde fui deixado, sozinho e sem mais nem menos andei durante muito tempo às voltas e a choramingar, com fome e porque não dizer, com algum receio do futuro.
Fartei-me de chorar toda a manhã e não é que ninguém me vinha acudir, dar-me uma comidinha, água ou fosse o que fosse! Nem que só houvesse mimos eu já ficava contente. Mas não, foi assim de uma hora para a outra, aguenta-te até te encontrarem. O que demorou um par de horas a acontecer. Lá para a hora de almoço dos humanos, que a minha já tinha passado há muito tempo, apareceu uma coisa esquisita a entrar no tal jardim. Afinal era o carro do meu futuro dono, na altura eu ainda não sabia nada disto e fartei-me de tremer e fazer xixi até que eles me vissem. Ele, o meu dono e ela, a dona do meu coração. Só agora é que eu sei disto porque na altura o meu coraçãozinho parecia querer saltar pela boca com o medo que sentia.

Diz ela: Olha um gato no meio dos contentores! E logo a seguir. Não é um gato, está a abanar o rabo! É um puppie!!! Era mesmo eu e eles tinham-me encontrado. Que feliz encontro, nunca mais me senti sozinho e tenho que confessar que já nem me lembro da cara da minha outra dona, ou seja, da dona da minha outra família, canina. Esta família que eu arranjei agora como aqui vos conto é fixe, acho que vou ficar por cá uns tempos...

2 comentários:

  1. Olá primo Othelo!
    Apresento-me cá de longe, porque não te conhecendo, não sei se estarei em segurança na tua presença. Mas fica sabendo que pertencemos à mesma família e temos em comum, contentores. Tu escondeste-te fora deles. A mim deitaram-me para dentro de um e se não fosse o João de bom coração, não estava agora aqui.
    Uma lambidela amiga do Bingo.

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  2. Que ganda´família, canina e etc e tal...acho que o Bingo e o Othelo se iam dar muito bem, temos de ao por em contato.

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